segunda-feira, 10 de março de 2014

Atividade SESI - COPOBRAS

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A ideia de Modernidade começou a se afirmar na Europa a partir do século XVI, quando as Grandes Navegações, iniciadas no fim do século anterior, deram o sinal de partida para a Revolução Comercial. Ao mesmo tempo, o Renascimento estabelecia um novo paradigma para a percepção do mundo, da sociedade e da História.
A Revolução Comercial acelerou o processo de acumulação primitiva de capital, que desembocaria na Revolução Industrial do século XVIII. O Renascimento, por sua vez, abriu caminho para o questionamento dos dogmas estabelecidos pela Igreja durante a Idade Média. Essa postura crítica será levada às últimas consequências, também no século XVIII, com o Iluminismo. Os dois processos históricos que mencionamos apontavam para um futuro de grandes transformações. Mas colidiam com a pesada herança do passado: a monarquia absoluta e a sociedade aristocrática, organizada em ordens ou estamentos.
Na Europa, o século XVIII representa o momento em que essa luta entre o novo e o antigo atingiu seu clímax. Porta-voz dos novos tempos, o Iluminismo projetou, com as luzes da razão, os princípios em que se basearia a sociedade prestes a se consolidar: igualdade de direitos, liberdade de pensamento, Estado constitucional, democracia representativa, livre escolha dos governantes. Fortalecida com a Revolução Industrial, a burguesia seria a grande protagonista dessa era de transformações.

A Revolução Industrial
A expressão Revolução Industrial tem sido utilizada para designar um conjunto de transformações econômicas, sociais e tecnológicas que teve início na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII.
Em pouco tempo, essas mudanças afetariam outros países da Europa e outros continentes, alterando definitivamente as relações entre as sociedades humanas.
Os historiadores acreditam que a Revolução Industrial desempenhou um papel vital no desenvolvimento do capitalismo. Marcada por intensa acumulação de capitais na Inglaterra e por profundas transformações nas formas de produção, na prática a revolução significou o advento da indústria e da produção em série.

1.        O sistema fabril
A Revolução Industrial foi o resultado de um longo processo que teve início na Baixa Idade Média, com o aparecimento das corporações de oficio e o renascimento das cidades e do comércio na Europa ocidental. A partir desse momento, ganharam importância cada vez maior as noções de lucro e de produtividade, fundamentais para o desenvolvimento de uma mentalidade voltada para o enriquecimento e para a acumulação: a mentalidade empresarial capitalista.
Com as Grandes Navegações, entre os séculos XV e XVI, as atividades econômicas se expandiram. Controlando vastos territórios em quase todo o mundo, os europeus passaram a explorar o comércio em proporções mundiais, levando para o seu continente riquezas que seriam aplicadas na fabricação de produtos destinados a alimentar um mercado cada vez maior.
As próprias formas de produção de mercadorias na Europa acabaram por se transformar. Para atender à demanda crescente, surgiram métodos mais eficientes de produzir. Com isso, as antigas corporações de oficio foram substituídas pela produção manufatureira, dirigida por um comerciante que controlava a produção de vários artesãos. Estes trabalhavam por encomenda, com a matéria-prima e as ferramentas necessárias cedidas pelo comerciante, e, como forma de pagamento, recebiam um salário.
A partir de meados do século XVIII, alguns comerciantes perceberam que podiam aumentar ainda mais a produção e os lucros. E, em vez de espalhar ferramentas e matérias-primas entre os artesãos contratados, passaram a reuni-los num mesmo local para trabalhar: assim surgiram as fábricas ou o sistema fabril.
As fábricas trouxeram muitas vantagens aos empresários. Ficou mais fácil controlar a produção, pois era possível reduzir a perda de matérias-primas, por exemplo, e ao mesmo tempo fiscalizar de perto a qualidade do produto. A fábrica possibilitou ainda incrementar a produtividade, ao tornar mais eficaz o controle sobre a velocidade e o ritmo do trabalhador. Além disso, a produção foi reorganizada. A fabricação de cada mercadoria passou a ser dividida em várias etapas, num processo conhecido como produção em série. Concentrado em uma única atividade, o trabalhador especializava-se e aumentava a produção.
Essas características acabaram influindo no custo final do produto. Com mercadorias produzidas por meios mais baratos, era possível aumentar a margem de lucro e o mercado consumidor.
As fábricas são um dos símbolos mais visíveis da Revolução Industrial. Elas modificaram as sociedades de forma definitiva: além de introduzir a produção em série de mercadorias, uma inovação no sistema produtivo, alteraram as relações de trabalho e a paisagem. Foram as fábricas as principais responsáveis pelo desenvolvimento das grandes cidades, um novo cenário dominado por chaminés e por multidões de trabalhadores, marcado também por sério desequilíbrio ambiental.
A transformação mais importante no modo de produção, porém, foi causada pelo emprego de máquinas movidas a vapor nas unidades fabris, o que selou a passagem da produção artesanal domiciliar para a produção em grande escala. Multiplicando o trabalho humano, as máquinas ampliaram ainda mais a produção de mercadorias. Assim, surgiram as indústrias modernas, reunindo centenas de trabalhadores.
Para o trabalhador, esse processo significou a perda gradual do controle de suas atividades. Na época das corporações de oficio, ele era dono de suas ferramentas e senhor de seu ritmo de trabalho. Na manufatura, sem suas ferramentas e matérias-primas, tornou-se dependente do comerciante, mas ainda exercia o controle sobre seu trabalho.
No sistema fabril, esse controle passou a ser feito por técnicos, sob o comando dos empresários. A atividade do trabalhador tornou-se apenas uma parcela da produção geral, e ele perdeu o domínio sobre o produto final de seu trabalho.

2.       O pioneirismo da Inglaterra
A Inglaterra foi o primeiro país a reunir as condições necessárias para o desenvolvimento do sistema fabril. Entre os numerosos aspectos que favoreceram esse processo destaca-se, em primeiro lugar, o controle de vasto mercado consumidor. As Grandes Navegações, como vimos, possibilitaram a criação de um mercado mundial em constante expansão. Entre os séculos XVII e XVIII, os ingleses conquistaram a hegemonia desse mercado à medida que suplantaram a concorrência com a Espanha, a Holanda e a França.
O comércio inglês ampliou-se também no plano interno. Durante o século XVIII, a população da Inglaterra cresceu muito, tornando maior a oferta de mão-de-obra e o mercado consumidor. A ampliação do mercado, por sua vez, estimulou o aumento da produção, criando condições favoráveis à invenção e ao aperfeiçoamento de novas técnicas capazes de intensificar a produtividade do trabalho humano.
Em segundo lugar, para o pioneirismo inglês foi importante a acumulação de capital. Entende-se por capital todos os recursos utilizados com o objetivo de se obter lucro (dinheiro e equipamentos, por exemplo). Os países que mais concentraram capital na Europa, a partir das Grandes Navegações, foram a Inglaterra, a Holanda e a França, todos ligados ao comércio marítimo, ao tráfico negreiro e à exploração colonial. A abundância de capital e a perspectiva de lucros estimulavam a produção e a ampliação dos negócios.
Naquele momento, porém, de nada adiantava o acúmulo de capital se não houvesse também disponibilidade de mão-de-obra. Desde o século XVII, existia na Inglaterra um grande contingente de mão-de-obra formado principalmente por camponeses expulsos da terra. O principal motivo para essa expulsão foi a demanda por lã para abastecer a produção de tecidos, sobretudo de fábricas localizadas nos Países Baixos. Para atender a essa demanda, os senhores de terra ingleses começaram a cercar áreas (processo de cercamento de terras) antes utilizadas na produção agrícola com o objetivo de criar ovelhas. Sem terra para trabalhar, os camponeses tiveram de procurar outras atividades nos emergentes centros urbanos, ou seja, tornaram-se mão-de-obra abundante para as fábricas.
Muitos artesãos, não podendo competir com a produção fabril, transformaram-se também, após muita resistência, em trabalhadores assalariados.
Na segunda metade do século XVIII, a Inglaterra apresentava ainda outras características que explicam seu pioneirismo na Revolução Industrial, como um sistema bancário eficiente; disponibilidade de matérias-primas, como carvão e minério de ferro; um grupo social formado por empresários empenhados no desenvolvimento econômico (a burguesia); uma ideologia (a calvinista) que valorizava o enriquecimento e o trabalho.

A pleno vapor
Na Inglaterra, a produção de tecidos, por uma série de razões, foi um dos primeiros setores a desenvolver o sistema fabril, com forte mecanização.
Para começar, a produção de tecidos de algodão não era controlada pelas corporações de ofício, o que permitiu mudanças mais rápidas na forma de fabricar o produto. Outro aspecto importante era o preço do tecido de algodão. Por ser mais barato que a lã ou a seda, seu mercado se expandiu rapidamente. Só para ter ideia, entre 1750 e 1770 as exportações inglesas de tecido de algodão aumentaram dez vezes.
Até essa época, o produto comercializado pelos ingleses vinha da Índia, e os principais mercados consumidores eram as colônias, sobretudo as áreas de grande concentração de escravos.
Com o tempo, pequenos produtores de tecidos de algodão começaram a se estabelecer perto dos portos ingleses ligados ao comércio colonial. Mas, para competir com o produto indiano, mais barato e de melhor qualidade, precisaram aperfeiçoar os métodos de produção.
As primeiras inovações na fiação surgiram em 1767, quando James Hargreaves criou a máquina de fiar, que transformava as fibras de algodão em fios. Ainda pequena, e podendo ser instalada em casa, a máquina multiplicou a produtividade da indústria têxtil. Em 1768, James Watt aperfeiçoou a máquina a vapor, inventada por Thomas Newcomen em 1712.
No ano seguinte, Richard Arkwright patenteou o tear hidráulico. Também destinada à fiação, a máquina introduziu várias novidades, como o uso da água como força motriz.
Em 1779, surgiu a máquina de fiar criada por Samuel Crompton. O novo equipamento produzia um fio de qualidade superior e podia ser movido a vapor, tipo de energia amplamente empregado nas fábricas da época.
Para completar o desenvolvimento técnico do setor têxtil, Edmund Cartwright, em 1785, patenteou o tear mecânico, que transformava os fios em tecidos.
O desenvolvimento da indústria têxtil incentivou outros setores. Para fabricar as máquinas, por exemplo, foi preciso melhorar a metalurgia do ferro. Ao mesmo tempo, era possível associar a máquina a vapor a uma locomotiva colocada sobre trilhos, fazendo-a puxar diversos vagões, ou adaptá-la a uma embarcação, dando origem ao navio a vapor.
Portanto, a mecanização iniciada no setor de fiação e tecelagem do algodão provocou uma reação em cadeia, afetando outros setores (transportes, energia, metalurgia, mineração etc.) em meio a um processo global de invenções e aperfeiçoamentos.

3.       Conseqüências da Revolução Industrial
Durante o século XVIII, a Revolução Industrial consistiu num fenômeno inteiramente inglês. Mas, a partir do século seguinte, começou a se expandir para vários países, provocando grandes transformações na vida das pessoas.
Do ponto, de vista da produção, o sistema fabril acabou se consolidando. Com máquinas cada vez mais sofisticadas, a fábrica tornou-se o local adequado para a produção, favorecendo a divisão do trabalho, a imposição do horário e da disciplina ao trabalhador, além do aumento da produtividade.
No âmbito social, surgiu o proletariado, classe social formada pelos trabalhadores fabris e de transportes. Devido aos baixos salários, mulheres e crianças também eram obrigadas a trabalhar, recebendo remunerações ainda menores que as dos homens. A Revolução Industrial causou graves consequências na vida dos trabalhadores, pois não havia regras ou limites para o exercício do trabalho. Os donos das fábricas impunham salários miseráveis e longas jornadas, que chegavam a dezoito horas diárias.
Contra essa condição subumana, os trabalhadores lutaram de diversas maneiras, resistindo, por exemplo, à mecanização crescente da produção, considerada responsável pelo desemprego. Um dos episódios que retrata bem a situação desesperadora dessa época foi a constante destruição de máquinas pelos trabalhadores, principalmente entre 1811 e 1812, forma de protesto que ficou conhecida como ludismo.
Ao longo do século XIX, os trabalhadores acabariam se organizando e usando a força de sua classe profissional para reivindicar melhores condições de trabalho e defender seus direitos.

Movimento ludista
As ações de protesto contra as máquinas inventadas para economizar mão-de-obra já vinham acontecendo na Inglaterra há muito tempo. Mas foi em 1811 que explodiu uma forma mais radical de protesto, o movimento ludista (nome derivado de Ned Ludd, que teria sido um de seus líderes). Os ludistas invadiam as fábricas e destruíam a maquinaria, que não só tirava o trabalho dos artesãos como impunha aos operários condições desumanas de trabalho. Os integrantes do movimento sofreram dura repressão e foram condenados à prisão, à deportação e até à forca. Alguns anos depois, os operários ingleses adotaram métodos mais eficazes de luta.

Exercício 

a) Divida o primeiro paragrafo em duas colunas e insira a figura abaixo  na parte superior direita do segunda coluna.


b) A primeira letra do segundo  parágrafo é Capitulada. 

c) Insere um rodapé com o texto: Ilhas de Salomão, com fonte Garamond, 
tamanho 8. 

f)Insira um cabeçalho com o seguinte formato 

SESI- COPOBRAS 
Aula de Informática 

g) Insira o rodapé com a seguinte configuração 
Prof. Roberto 


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